Pilares da LPP, o esporte e a liderança juvenil promovem o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens

Aqui na Luta pela Paz, nossos pilares são a base de tudo o que fazemos. No pilar de Liderança Juvenil, acreditamos no poder transformador da juventude para gerar mudanças reais e impactos positivos nos territórios onde atuamos. Um destaque desse pilar é o Conselho Jovem, composto atualmente por 21 jovens eleitos que representam as diferentes modalidades esportivas oferecidas na sede da LPP pelo projeto Maré Unida, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte do Governo do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer.
É nesse contexto que o Conselho Jovem assume um papel estratégico, participando ativamente de decisões importantes para a organização, como a participação no processo seletivo para novos colaboradores. Segundo Fernanda França, coordenadora do pilar Liderança Juvenil, ‘’essa iniciativa não apenas empodera os jovens, mas também os transforma em agentes de mudança dentro de suas comunidades’’, comenta.
Para entender melhor o impacto do Conselho, conversamos com Alice dos Santos, uma jovem conselheira que compartilhou sua jornada e a importância desse espaço em sua vida.

Você poderia nos contar um pouco sobre a sua trajetória de vida? Como você conheceu a Luta pela Paz?
“Eu conheci a Luta pela Paz de uma forma um pouco inesperada. Estudava ao lado da instituição e ouvia vários colegas comentarem sobre como faziam parte e gostavam bastante das atividades. Isso foi despertando meu interesse, especialmente porque eu estava passando por uma fase difícil, me sentindo desmotivada com várias coisas na vida. Entrar na Luta pela Paz parecia uma boa oportunidade para me envolver em algo novo e produtivo. Decidi experimentar e comecei na modalidade de judô, onde me apaixonei e estou até hoje. Foi por meio desse esporte que conheci o Conselho Jovem e decidi me candidatar. Apesar de a minha trajetória dentro da Luta pela Paz ainda ser relativamente curta, desde 2023, acredito que ela já teve um impacto muito importante na minha vida.”
Como surgiu a oportunidade de participar do Conselho Jovem e qual o impacto dessa experiência na sua vida?
“A oportunidade de participar do Conselho Jovem surgiu por meio do judô, a modalidade que pratico na Luta pela Paz. Desde que entrei no Conselho, ele se tornou algo muito especial para mim. Foi nesse espaço que aprendi coisas novas, vivi experiências que nunca imaginei e tive acesso a oportunidades únicas, como conhecer lugares que eu nunca pensei que visitaria. Participar do Conselho Jovem significa muito para mim, pois é um aprendizado constante e extremamente enriquecedor. Sem dúvida, é uma experiência que vai deixar uma marca duradoura na minha trajetória.”
Na sua visão, qual é a importância de envolver os jovens em discussões e ações voltadas para a promoção da paz em territórios como a Maré?
“Envolver os jovens em ações voltadas para a paz é essencial, especialmente em territórios como a Maré. Infelizmente, muitos jovens ainda têm uma visão limitada ou até indiferente sobre o que significa paz ou guerra em nosso contexto. Já ouvi comentários de outros jovens dizendo que “tanto faz”, e eu mesmo já tive essa mentalidade. Hoje, graças às experiências e aprendizados que tive na Luta pela Paz e em outras iniciativas, penso de maneira completamente diferente.
É fundamental mostrar aos jovens que eles fazem parte dessa luta e que a participação deles é indispensável. Claro, atrair a atenção e o interesse dos jovens para essas ações é um desafio, porque cada um se conecta de forma diferente. Mas acredito que, com o tempo e as estratégias certas, é possível engajá-los e promover uma mudança significativa. Estamos aqui para isso.”
Além do Maré Unida, que participa com o judô, quais projetos ou iniciativas do Conselho mais a marcaram até agora, e que impacto você acredita que eles tiveram na comunidade?
“Um dos projetos que mais me marcou foi a Feira Sankofa, em que trabalhamos temas ligados à questões de raça e etnia. Tivemos muitas crianças participando do nosso quiz, e acredito que foi muito importante levar esse tipo de conhecimento a elas desde cedo. Outro evento especial foi uma troca de experiências com jovens de El Salvador. Foi emocionante responder a perguntas que eu nunca tinha parado para refletir, e isso me impactou profundamente. Além disso, a viagem ao Sesc Quitandinha, em Petrópolis, foi memorável. Lá, visitamos uma exposição sobre a arte e o pensamento negro, o que me fez perceber o alcance e a importância da cultura negra. Essas experiências não só me marcaram pessoalmente, mas também acredito que tiveram um impacto significativo na comunidade, despertando reflexões importantes em todos os envolvidos.”
Se você pudesse deixar um conselho para os futuros jovens que irão compor o conselho, qual seria?
“Aproveitem ao máximo cada oportunidade, porque aqui vocês vão aprender coisas novas, conhecer pessoas incríveis e se desafiar de formas que talvez nunca tenham imaginado. Uma coisa que aprendi é que o Conselho é muito mais do que reuniões e projetos: é um espaço onde a gente cresce como pessoa, onde entendemos o nosso papel na comunidade e percebemos que podemos fazer a diferença. Então, sejam curiosos, se joguem nas experiências e não tenham medo de trazer suas ideias e opiniões. O aprendizado aqui vai muito além do que parece imediato. Cada evento, cada conversa e cada atividade deixam uma marca. Vocês vão perceber, com o tempo, como essas vivências vão moldar a forma como vocês veem o mundo.”
O Judô, modalidade praticada por Alice, faz parte do projeto Maré Unida, realizado pela Luta pela Paz com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer.