Um dos principais motivos da existência do preconceito é a desinformação. As dúvidas abrem espaço para crenças falsas que fortalecem uma estrutura social que exclui e ignora demandas específicas de grupos minoritários, como pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), popularmente conhecido como autismo. – Transtorno do Espectro Autista, que, diferente do que muitos imaginam, não é doença, é uma condição, causada por fatores genéticos e ambientais que geralmente têm início na infância e persiste na adolescência e na vida adulta. O transtorno é considerado um espectro porque cada indivíduo apresenta características comportamentais, de comunicação e linguagem distintas e com funcionalidades diferentes. As duas principais características, chamadas de díade, estão relacionadas à comunicação social e comportamentos repetitivos ou restritos.
A Luta pela Paz acredita que a melhor forma de incluir todos e todas é capacitando profissionais para atender pessoas com e sem deficiência, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro, e disponibilizando ferramentas inclusivas de desenvolvimento, e trabalha com a inclusão a partir dos temas estruturantes, que são pensados pelos grupos de trabalho formados por profissionais capacitados, e seus cinco valores, com o abraço sendo um deles.
Um dos alunos está dentro do espectro autista é o Cauã, de 11 anos, morador da Rubens Vaz, uma das 16 favelas do Complexo da Maré, localizada na zona norte do Rio de Janeiro. O pré-adolescente começou nas atividades de capoeira pouco antes da pandemia, e ao longo desses dois anos sua mãe, Jucilene Mendes, já percebeu melhora no desenvolvimento físico, intelectual e social do filho.
“Aqui ele recebe carinho de todo mundo, da recepção a educadores e colegas de turma. Esse é o maior diferencial da Luta pela Paz, pois não conheço nenhum outro espaço tão bem preparado para acolher e ajudar no desenvolvimento de crianças dentro do espectro autista”, relata a mãe.
Por meio do esporte, Cauã tem desenvolvido seus potenciais a cada dia. Além da capoeira, ele também participa das atividades de boxe. O treinamento inclusivo da equipe também proporciona um atendimento mais qualificado em outros serviços oferecidos pela LPP. “Além do apoio que o Cauã recebe, eu também sou acolhida, principalmente pelo suporte social, que me auxilia a cerca dos nossos direitos e sempre estão ali para me ajudar”, conta Jucilene.
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