“Minha missão é descobrir potências na Maré, assim como eu fui descoberta” diz Juliana Machado, Pedagoga e Coordenadora do pilar de Liderança Juvenil da Luta pela Paz.
Uma das lutas da LPP é a busca de mais oportunidades para crianças e jovens, oferecendo possibilidades e ferramentas para que eles consigam realizar seus sonhos. Por meio de diversas frentes, muitas vidas são transformadas, como foi o caso da funcionária Juliana Machado, mulher negra e cria do Morro do Timbau.
Criada em meio a ONGs e ações sociais, a admiração pelos profissionais e pelos trabalhos realizados na Maré fez com que a vontade de fazer parte deste universo crescesse aos poucos. Foi assim que escolhidas cursar Pedagogia, já que desde sempre que a educação é um dos fatores primordiais para a construção de uma sociedade mais justa. Ainda na graduação, em 2015, Juliana começou a trabalhar na recepção da Luta pela Paz e, ao longo do tempo, foi trilhando seu caminho dentro da organização com a ajuda e a colaboração de amigos e colegas de trabalho.
Há quase seis anos na organização, Juliana atuou como Assistente Pedagógica no pilar de Educação – período de intenso laboratório e aprendizado -, e Desenvolvimento Pessoal. Em 2019 passou a coordenar o pilar de Liderança Juvenil, cargo que ocupa até hoje.
“Nós que somos pretos e periféricos estamos sempre nas margens. Derrubar barreiras é muito difícil, então, quando surge a necessidade, precisamos agarrar. E a Luta pela Paz foi uma oportunidade para mim. ”
Um dos sentimentos que impulsionou Juliana foi a vontade de devolver para a Maré todas as coisas boas que fizeram fazer, sejam elas memórias, ações sociais, cursos e vivências, além do sentimento de pertencimento. “Trilhar caminhos e protagonizar a própria história é incentivo para muitos moradores que sonham em se tornar inspiração para familiares e amigos”.
A Luta pela Paz incentiva o desenvolvimento de lideranças entre crianças e jovens e acredita na importância do protagonismo para a promoção da paz e para a construção de um futuro com mais inclusão.
“Meu objetivo é subir e levar a juventude também, como uma rede mesmo. A juventude já tem voz, mas ela precisa ser ouvida. É pra isso que estou aqui. ” diz Juliana.
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