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Brendha Luiza: quando o aprender vira conquista

Com o apoio do reforço escolar do projeto Maré Unida, a estudante transforma sua relação com os estudos e revela o poder da autonomia no processo de aprendizagem.

Aprender com liberdade e autonomia são experiências que Brendha Luiza, aluna do 7º ano do ensino fundamental, se deparou ao encontrar um espaço de desenvolvimento escolar diferente do que conhecia: o reforço escolar  do projeto Maré Unida, realizado pelo Luta Pela Paz, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer.

Antes disso, a rotina de estudos era marcada por notas estagnadas, falta de motivação e um ciclo de resultados que não se transformava. “A Brendha não saía do ‘R’ (regular). A nota era 5,6, às vezes 6, mas não subia. Sempre nessa média”, relembra sua mãe, Carmen Regina.

A virada veio quando a assistente social Dayana Souza apresentou à família a proposta do reforço escolar. Brendha já era conhecida da equipe por participar das aulas de jiu-jitsu. O convite partiu da escuta atenta às famílias e da proposta pedagógica centrada na realidade das crianças e dos adolescentes atendidos. 

“A Brendha já era nossa aluna do jiu jitsu, eu faço as entrevistas sociais regularmente para devido ao acompanhamento da família.… Falei sobre a proposta do reforço escolar sobre socialização,  a perspectiva de construir o processo de ensino e aprendizado junto com os alunos, e ainda prepará-los para o protagonismo e participação infanto juvenil, e deu bom!”…A integração da Brendha foi ótima, e rapidamente percebemos mudanças na postura dela, com mais segurança, aumento do ciclo de amizades e contatos, a comunicação mais fluída”, explica —Dayana Souza. 

Mais do que revisar conteúdos, Brendha encontrou um novo jeito de aprender, e se enxergar como parte do processo. “Na escola a gente copia e faz as tarefas.. Aqui a gente também visualiza. A gente coloca mais a mão na massa, não ficamos só escrevendo o tempo todo.”, fala —Brendha

 “A ideia não é repetir o método convencional da escola, mas preencher as lacunas causadas por um contexto de violações de direitos e interrupções constantes sofridas nesse território”, explica o coordenador de educação e empregabilidade, Marcos Melo.

Esse “fazer” tem método e é próprio da Luta Pela Paz: a proposta antirracista de ensino se reflete, por exemplo, nas aulas de matemática com jogos afro-étnico-matemáticos, feito com o uso de tecnologias, computadores e jogos de tabuleiros. “Aqui no projeto reforço escolar a Brendha aprende o conteúdo do 7º ano, mas de outras formas. Porque existem várias maneiras de aprender”, reforça Marcos.

Com mais segurança e participação, Brendha ampliou seu ciclo de amizades, passou a se comunicar melhor e, como consequência disso, também passou a tirar notas mais altas. “Eu posso dizer que de 10%, o rendimento da Brenda está em 8%. Caminhando para 9%, e no final do ano, será 10%. E eu, não sei se eu sou uma mãe muito “babona”, mas quando ela chegou com essa prova de matemática, eu fiquei muito feliz”, diz Carmem emocionada ”.

A jornada de Brendha mostra como o aprendizado pode ser transformador quando há escuta, acolhimento e espaço para o protagonismo. Desde 2016, o reforço escolar da Luta pela Paz  tem apoiado outras trajetórias como as da Brendha , e apostando que toda criança  e adolescente com autonomia, pode ir além.

O reforço escolar é uma ação do projeto Maré Unida, realizado pelo Luta Pela Paz, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro, via Secretaria de Esporte e Lazer.

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