Pela quinta vez, o Grupo de Raça e Etnia da Luta pela Paz realizou mais uma edição da Feira Sankofa. A edição deste ano foi mais que especial. Com o tema “Quilombos Urbanos”, participantes de atividades e equipe vivenciaram uma tarde repleta de trocas de conhecimentos e saberes, reflexão e diversão.
Este ano, a feira teve como temática os quilombos urbanos e como a Maré e outras favelas aprenderam com os quilombos a serem espaços de resistência e lutar diariamente. Idealizada e produzida pelo GT de Raça e Etnia, formado por profissionais de diferentes equipes, a feira trouxe trabalhos relacionados à promoção de uma cultura antirracista, entre redações, maquetes, jogos, exposições de imagens e desenhos, poesias e outras linguagens.
“Pensar na Maré como a reprodução de um quilombo é estabelecer espaços coletivos de acolhimento, escuta e sociabilidade que se nutrem da ancestralidade e memória”, destacou Fernanda França, coordenadora de Desenvolvimento Pessoal e membro do GT de Raça e Etnia na abertura do evento. Afrofuturismo, o verbo “aquilombar”, personagens históricos dos movimentos abolicionista e antirracista foram alguns dos temas abordados.
Pertencimento e identidade são elementos fundamentais na construção dos quilombos contemporâneos, para perceber que assim como os quilombolas, as pessoas das favelas não estão sozinhas e precisam agir coletivamente e estrategicamente. E a filosofia de sankofa é fundamental para pensar nessas estratégias, pois, na explicação de Abdias do Nascimento, sankofa significa olhar e aprender com o passado, trazer os ensinamentos para o presente para, assim, pensar em novas possibilidades para o futuro.
A feira já é uma tradição da LPP e promove trocas de conhecimento e experiências com objetivo de fomentar o senso crítico não só de alunos e alunas, mas também dos familiares e da própria equipe Luta pela Paz.